Em plena era digital, quem diria que vender online ainda seria sinônimo de apertar o cinto? Os gigantes dos marketplaces — Mercado Livre, Amazon Brasil, Americanas, Magazine Luiza e tantos outros — se tornaram vitrines obrigatórias para quem quer chegar ao cliente.
Mas a que preço?
1. Taxas Significativas
Por trás de cada “listagem gratuita” há uma estrutura de comissões que varia de 10% a até 20% do valor do produto.
Se você soma:
– Comissão de venda;
– Taxa de anúncio e destaque;
– Tarifa de frete (quando paga pelo vendedor);
– Cobranças por métodos de pagamento e chargebacks.
É fácil descobrir que no final, vender no marketplace significa deixar quase metade do que ganhou na mão de terceiros.
2. A ilusão da escala x a brutalidade da competição
Marketplaces seduzem com alcance nacional e logística própria. Mas entre milhares de vendedores oferecendo produtos idênticos, só quem aceita trabalhar com margens apertadas sobrevive à guerra de preços. O resultado
– “Queima de estoque” como prática sistêmica;
– Violação de valor percebido (promoções relâmpago matam marcas mais cultivadas);
– Vendedores pequenos fadados à oscilação de receita.
3. Custos ocultos e a pressão por performance
Não basta pagar comissão: além de investir em anúncios internos, multimarcas pagam para figurar no topo das buscas ou em banners sazonais. Marketing, fotografia profissional do produto, estoques terceirizados… Tudo isso encarece o custo unitário da mercadoria.
4. Impacto na inovação e na diversidade
Quando margens evaporam, sobra pouco para pesquisa, desenvolvimento e criação de diferenciais:
1. Marcas próprias dos marketplaces — lançadas sob o selo “mais barato” — acabam engolindo produtores locais;
2. Consumidores perdem variedade real, pois sobra espaço sobretudo para quem aceita competir em preços rasos.
5. Que alternativas restam?
Se o marketplace é um mal necessário hoje, como escapar dessa espiral que corrói seu caixa?
– Loja própria: atenção à experiência de usuário, SEO e funil de vendas;
– Canais diretos em redes sociais: WhatsApp Business, Instagram e TikTok Shop podem reduzir intermediários;
– Parcerias B2B: venda em lote para pequenas redes regionais;
– Modelos de assinatura ou clube de fidelidade: garantem receita previsível e breque em margens.
A dependência total de marketplaces é um upgrade às vendas, sim, mas também uma armadilha. Antes de embarcar de vez nessa jornada reflita: qual é o limite aceitável de taxa para seu negócio sobreviver e crescer de verdade?
Faturamento é ego, resultados são para os corajosos.
E você, empreendedor, quais estratégias testa hoje para driblar essa “taxa de sobrevivência” digital?
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